Mensagem do Presidente da RM


Evocar os 50 anos do grande incêndio na Serra de Sintra constitui um acto de absoluta justiça, ao qual a REVIVER MAIS, Associação dos Operacionais e Dirigentes dos Bombeiros Portugueses, não podia ficar indiferente, enquanto reserva moral dos Bombeiros Portugueses. 

Rendemos, pois, a nossa sentida Homenagem a todos os Operacionais que, nesses dias fatídicos do mês de Setembro de 1966, travaram uma das mais tenebrosas e exigentes lutas contra o fogo que Portugal conheceu até hoje. 

Aos que já deixaram esta vida, curvamo-nos respeitosamente perante as suas memórias; aos que felizmente ainda se encontram entre nós, muitos dos quais integrados nos Quadros de Honra dos respectivos Corpos de Bombeiros e, em simultâneo, elementos da nossa base social, o que nos orgulha sobremaneira, endereçamos uma especial saudação. 

A nossa Homenagem - porquanto nos assiste uma visão de conjunto - é ainda extensiva aos Militares que ali acorreram, sobretudo, os 25 elementos do então Regimento de Artilharia Antiaérea Fixa - Queluz que pereceram no cumprimento da sua abnegada missão, ao cooperarem com os Bombeiros. 

A presente página interactiva corresponde a uma das formas encontradas pela REVIVER MAIS, à luz do conceito de cidadania activa e responsável, para preservar a memória colectiva e exaltar o exemplo de uma plêiade de Valorosos Homens que, dispondo de condições muito incipientes, tudo fizeram em defesa de um património natural e cultural de insofismável valor. 

Quando da passagem dos 20 anos sobre a deflagração do incêndio, o saudoso 2.º Comandante dos Bombeiros Voluntários de Colares, António Caruna, figura proeminente da nossa Causa, em nome da Liga dos Bombeiros Portugueses, redigiu: 

"Que cada um dos cidadãos da nossa terra saiba respeitar a memória dos que tombaram para sempre e considere a floresta um bem social que a todos pertence."

Num Verão como o deste ano - tão duramente fustigado pelo flagelo dos incêndios florestais, o que reclama a adopção de soluções urgentes e efectivas para a problemática inerente - estamos na presença das palavras que, de modo resumido, melhor poderão traduzir todo o nosso sentimento colocado neste tributo. 

Parafraseando, ainda, António Caruna, clamemos: "1966, nunca mais!"


Presidente do Conselho de Administração Executivo da REVIVER MAIS
Luís Miguel Morgado Baptista